I recently had the pleasure to talk with Carol Freire author of the novel Além das Fronteiras (Beyond Borders) about the joys and challenges of Luna, a Brazilian woman who lives her life between different countries. In this interview, Carol talks about the book, her own experiences immigrating from Brasil to the US, and the challenges of adapting to different cultures while honoring our cultural identity.
Check out the interview below and learn how to enter for a chance to win a copy of the book. Our conversation was in Portuguese. The transcript is right below the video.
[video:http://www.youtube.com/watch?v=Cp4pfSPH7-M&list=UUoweBL1U6H0hnBDnsdKbrTw&index=1&feature=plcp]SSB: Carol, muito obrigada por vir aqui.
Carol: Brigada, Luciana.
SSB: Tô muito feliz de conversar com você. Me fala um pouquinho do livro. Qual é a história desse livro?
Carol: O livro conta a história de Luna, uma brasileira que decide largar a carreira de publicitária no Brasil pra ir morar com o namorado na Califórnia, na região da Baía de São Francisco. E a história relata os catorze anos da personagem vivendo entre o Brasil, Estados Unidos e China, e conta um pouco dos dramas e alegrias da vida além das fronteiras.
SSB: E talvez você já tenha respondido essa pergunta muitas vezes, mas esse livro, ele tem um quê de autobiográfico?
Carol: Essa é a pergunta que todo mundo me faz. O livro não é uma autobiografia, ele é ficção, embora ele foi inspirado na minha própria experiência de vida, como uma brasileira, casada com um sino-brasileiro e mãe de dois filhos americanos. Todas as passagens no livro, elas têm… foram inspiradas em fatos reais, coisas que aconteceram não necessariamente comigo, mas com brasileiras que eu conheço aqui nos Estados Unidos.
SSB: E também o livro enfoca muito a questão da mulher. Foi intencional mostrar esse desafio de ser uma mulher hoje?
Carol: Foi bastante intencional porque uma coisa que eu reparei é que a mulher moderna, ela enfrenta os mesmos desafios, os memos conflitos independente da sua cultura ou do seu país de origem. Hoje em dia é bastante difícil a gente conciliar trabalho, família e carreira. E isso é um conflito, um dilema que a maioria da mulheres acaba enfrentando hoje em dia.
SSB: O livro também fala muito das questões das diferenças culturais e da adaptação entre culturas, né? E a Street Smart Brazil oferece treinamentos interculturais – cross-cultural coaching – e nós vemos muito isso, que o mundo é muito globalizado e nós pensamos que conhecemos bem as outras culturas, mas, na hora de trabalhar junto, todo dia, é que vemos que não é tão fácil assim. Como você percebe isso na sua vida e no livro, a coisa da globalização e das diferenças culturais?
Carol: A gente vive num mundo globalizado e hoje em dia é muito fácil viajar e morar em outros países, mas, apesar disso, as diferenças culturais existem realmente e a identidade cultural de cada pessoa é algo muito, muito forte. Embora hoje em dia a gente possa se vestir muito parecido ou consumir os mesmos produtos – a gente toma coca-cola aqui, no Brasil, na China – mas cada povo tem a sua cultura, né? E pra realmente conhecer realmente um país é importante não só aprender a língua, mas conhecer a cultura daquele povo e daquele país.
SSB: Isso, e a nossa cultura, né? Aprender a nos conhecer também porque às vezes não percebemos o que fazemos por conta de sermos um produto cultural. E o livro mostra um pouco dessa questão? Existem situações no livro mostram a Luna vivendo essas diferenças?
Carol: Sim, o livro… ele… a Luna, durante o decorrer do livro, ela mora no Brasil, nos Estados Unidos e na China também, e ela sofre com essas diferenças culturais, mesmo sabendo a língua. No caso, quando ela veio pros Estados Unidos, ela fala o inglês, um pouco do inglês, mas os choques culturais são inevitáveis porque ela percebe que não… as coisas não são iguais como no Brasil, as pessoas se comportam diferente e fazem as coisas de uma forma um pouco diferente. E quando ela vai pra China, o choque cultural aumenta porque aí tem o problema que ela nem fala a língua. É um pouco sobre a cultura de cada um desses países.
SSB: E é interessante, o livro está sendo lançado nos Estados Unidos em português. Como aconteceu isso?
Carol: Eu escrevi o livro em português porque, como é um pouco das minhas próprias experiências, fluiu mais fácil em português, mas a minha ideia inicial era traduzi-lo pro inglês antes de publicá-lo. Mas alguns amigos brasileiros, quando leram a história ainda em manuscrito, eles falaram, “não, você tem que publicar em português porque é uma história que retrata a experiência de um imigrante brasileiro”. Então foi assim que eu decidi publicar em português aqui e tá tendo uma receptividade muito boa. Eu tô muito contente com isso.
SSB: Que bom. Tenho certeza porque todas nós… todos nós que vivemos num país que não é o seu de origem sentimos a mesma coisa da Luna, somos partes das duas culturas, não somos completamente parte de nenhuma, né? E quais são os planos pro futuro com o livro?
Carol: O livro vai ser lançado no Brasil, provavelmente no segundo semestre do ano. E o ano que vem eu espero tá lançando também a versão em inglês.
SSB: Eu tenho, pra finalizar, uma pergunta pessoal, voltando pra Carol Freire: quando você veio pros Estados Unidos, certamente viveu essas diferenças culturais. Existe algum episódio que marcou, que ficou na memória?
Carol: Tem um episódio que marcou bastante. Logo que eu vim pra cá com, na época, meu namorado, hoje marido, a gente veio como estudante. Ele veio fazer o MBA em Berkeley, depois eu fui estudar. A nossa intenção inicial não era imigrar para os Estados Unidos. A gente acabou se apaixonando por essa região da Baía de São Francisco, e hoje estamos 10 anos aqui. Mas no começo, quando a gente saía juntos, ainda namorados, as pessoas olhavam pro meu marido, e pressupunham que ele era chinês, né, porque, por causa dos traços orientais. Mas olhavam pra mim e perguntavam, “Where are you from?” E a pergunta me incomodava e me fazia lembrar que realmente eu num… embora eu tenha adotado esse país e adore morar aqui, eu não vim daqui, né? Então me fazia lembrar dessa minha condição de imigrante.
SSB: Perfeito. Carol, muito obrigada!
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